2 de Fevereiro - Apresentação do Senhor.



A festa de hoje, cuja origem remonta ao século IV, era chamada de Purificação de Nossa Senhor lembrando o cumprimento da lei, conforme descrição do segundo capítulo de são Lucas. Quarenta dias após o nascimento Jesus foi levado ao Templo para se cumprir a lei sobre os primogênitos e sobre a purificação da mãe. A reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do sacríficio da Cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor. Nem Jesus, nem Maria estavam sujeitos a essa lei, pois eram sem pecado, mas quiseram dar-nos exemplo de submissão às autoridades. É uma comovente lição de humildade, juntamente com aquela de pobreza demonstrada no presépio.

O encontro do Senhor com o profeta Simeão e a profetisa Ana no Templo ressalta o caráter sacrificial da celebração e a comunhão pessoal de Maria com a morte de Jesus na cruz. Simeão profetizou a respeito de Maria: “Uma espada traspassará tua alma.” Maria, por causa da sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi associada ao sacrifício do Filho. O Imperador Justiniano havia decretado feriado para todo o império do Oriente nesse dia.

Roma adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais antiga das procissões penitenciais de Roma. Partia da igreja de santo Adriano e chegava até santa Maria Maior. O rito da bênção das velas se inspirava nas palavras do velho Simeão: “Meus olhos viram a tua Salvação que preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações.” Data desde Beda, o Venerável, a notícia que esta procissão opunha-se à procissão dos Lupercalia dos romanos e era destinada à reparação das extravagâncias que se faziam em tais circunstâncias.

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